De acordo com estudo da Ernst & Young, 5% dos empregos de hoje não existirão em 2025, mas novas funções surgirão. Já temos Business Partners, Cientistas de Dados, Gestores de Comunidade Digital, entre vários novos cargos, para mostrar que o mercado precisa e exige profissionais com conhecimentos cada vez mais amplos, criativos e inovadores. As empresas querem candidatos que entendam de muitos assuntos. E sim, temos que ser especialistas em várias áreas, assobiar, chupar cana, sorrir e mostrar resultados.
Fiz isso com minha própria carreira por uma questão de sobrevivência. Quando me formei, não tínhamos acesso à internet nem aos microcomputadores. Um ano depois, eu estava fazendo uma especialização em Análise de Sistemas porque não tinha como fugir.
Quando chegou o Windows, muitos não acreditaram. Eu instalei em casa e comecei a me preparar para o futuro. O DOS já era (mesmo tendo me salvado várias vezes depois!). E assim foi com o Lotus, ERP, MS Office, VB, e-commerce e tudo o que aparecia pela frente, porque ninguém segura a inovação e eu não ia ficar só assistindo.
No caminho, aprendi sobre negócios, marketing, pessoas, comunicação, finanças, produção, indústrias e serviços, o que me deu uma visão ímpar. Depois de um tempo, eu me auto intitulava uma Profissional Plural, uma forma de me vender em um mercado que buscava por especialistas. Meu argumento: "Sei tudo isso e aprendo o que for preciso". Não ficava sem emprego.
Havia os especialistas, que entediam tudo de uma área, os generalistas, que faziam de tudo um pouco, mas não eram especialistas em nada, e eu, que me especializava em tudo que me metia. Até então, eu não conhecia ninguém igual a mim e nunca tinha ouvido ninguém chamar um profissional de “plural”. Mas eu me chamava rs.
Veio a década de 90, época em que os softwares substituíram as funções, aumentando a produtividade. Mas agora é diferente!? Estamos na era dos softwares que operam máquinas e produzem, substituindo os trabalhadores (será?). Quantas funções já deixaram de existir e não são feitas mais por humanos, mas por máquinas? E quantas novas funções serão criadas por conta disso?
Um dos grandes desafios atuais do mercado de trabalho, então, é a necessidade do conhecimento interdisciplinar, não somente nos níveis operacionais, mas também para aqueles com determinado nível de especialização.
O que fazer?
Tornar-se um Profissional Plural (ou múltiplo), que consiga desenvolver habilidades da sua área relacionando-se com outras áreas e, assim, se diferenciar. Pessoas com aptidões para resolver problemas da empresa, envolvendo várias áreas e competências além das que os tornam especialistas na sua área. Profissionais prontos para assumir responsabilidades, resolver imprevistos e gerenciar mudanças. Quem não quer?
Como me tornar um Profissional Plural?
Ser um Profissional Múltiplo (ou Plural) tem a ver com ser curioso, prestativo, antenado às novidades e flexível às mudanças, mas tem muito a ver com estudar.
Estar sempre atento ao movimento do mercado, da sua área de atuação e do segmento onde atua. Captar as oportunidades de crescimento e investir nelas.
Um profissional focado em tarefas, muitas vezes não percebe o mundo que o cerca. Já um focado em resultados, não gosta de rotina, percebe as mudanças, adora um projeto novo, participa de atividades da empresa, ajuda um colega, trabalha em equipe e está sempre atento ao que acontece de novo.
Se eu fazia isso na década de 90, sem internet, imagine o que você pode fazer hoje com LinkedIn, EAD, webnários, TEDs, broadcast, podcast, Big Data, Data Science, BI, dashboards, cursos online gratuitos e toda tecnologia à sua disposição?
A atualização constante, seja através de cursos, lives, livros, jornais, blogs, vídeos, documentários, grupos ou eventos, permite que você aprofunde seus conhecimentos e se torne polivalente, com um olhar além dos demais.
Um profissional que acompanha as notícias e tem cultura geral está mais preparado para apresentar soluções, um diferencial nesse mercado que busca por profissionais múltiplos.
Fique atento à Transformação Digital
As empresas estão se adaptando ao mundo digital e quem não acompanhar vai ficar para trás. Para Hugo Tadeu, Coordenador do Programa de Transformação Digital da Fundação Dom Cabral, os profissionais devem ser curiosos e questionadores. “Ele não pode ter aquele sentimento de conformidade. Tem que buscar mais, ser crítico, entender de tecnologia, design e negócios.”, afirma.
Conhecimento não ocupa espaço e só torna você melhor a cada dia. Mais competitivo, múltiplo, multidisciplinar e plural.
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