Empatia e chocolate

Passei por um grande desafio quando era Gerente de Marketing da Casa Granado, que tinha sido recém adquirida por um empresário inglês e estava em total reestruturação.

Um distribuidor de SC se recusava a receber a equipe de vendas e eu fui lá tentar resolver, sem na verdade saber a razão do problema. A equipe só me disse que ele não deixava ninguém entrar. Ok, né?

Me deixaram entrar. Havia duas mulheres na recepção e ficamos conversando. Adoro a região de Blumenau e trocamos dicas de turismo. Acionei a caixa de bombons na minha bolsa, mimos que carrego para adoçar os corações. E ficamos lá comendo e conversando. Depois descobri que uma delas era esposa do dono.

Duas horas de espera e surge um senhor emburrado. Levou-me para o depósito, me mostrou os produtos (alguns nem existiam mais) e reclamou que queriam que ele comprasse mais.

Deixei ele desabafar e no final disse: "Não se preocupe. Vamos trocar tudo por produtos novos, no mesmo valor, para o senhor recomeçar com a nova Granado." Ele não disse nada e me levou embora.

Na porta, eu ainda não tinha minha resposta. Eis que ele grita para o vendedor, que estava de longe me esperando, e diz "Volte aqui na semana que vem."

O que eu disse para o vendedor depois, é outra história.

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